O Corvo Político

| terça-feira, 31 de maio de 2011



Olá a todos, como prova de que até o Corvo pode ter a sua veia de comédia, este decidiu abordar o tema que mais faz rir o País neste momento, a Política! Nomeadamente as eleições legislativas! ( que segundo o dicionário da ainda Língua Portuguesa, brevemente "Brasileira", significa: 1. Que legisla. 2. Relativo a legislação. = legislatório 3. Que tem força de lei. = legislatório).
Ora antes que este pobre espécime, ave pertencente da família "Corvidae", digníssimos representantes de maiores dimensões da Ordem "Passeriformes" e sobretudo da grandiosa comunidade "Transmontaniae" (sim inventei a palavra, mas significará o mesmo que "Transmontano", aquele que é natural de Trás-os-Montes), seja "enjaulado" e acusado de abusar do DIREITO DE EXPRESSÃO ( sinceramente e agora a sério: quem inventou isso??), irá proferir o seu crítico grasnar (pois, pena é que poucos o oiçam ou lhe prestem a devida atenção) acerca da política nacional.
E começa esta ave de espírito aguçado por lhes transmitir a sua mais recente descoberta! O verdadeiro significado da sigla FMI! Ora após consultar as mais ancestrais enciclopédias, os mais fidedignos pergaminhos políticos, bem como uma jornalista da TVI (não, não se trata dessa que o nosso Primeiro tratou de "calar"...ups o que fui eu agora imbecilmente grasnar!), o Corvo chegou à conclusão que as mesmas significam nada mais, nada menos que: FOME E MISÉRIA INTERNACIONAL/INTERMINÁVEL.
E o mais engraçado é que toda a nossa classe política, directa ou indirectamente, aplaude e convive perfeitamente com essa realidade, da esquerda à direita, todos se submetem aos desígnios e imposições dos grandes senhores da Europa (sim, eu incluo esse ser denominado de Angela Merkel, no lote dos homens, uma vez que tem mais tom... bem...digamos que, "pelos na venta" que muitos senhores que por ai andam), eles decidem e os nossos, Coelhos(ah que pena a época de caça ter terminado!), Portas, Louçãs ( e não me refiro àquela da Vista Alegre), Jerónimos (muito menos me refiro ao monumento) e os nosso Sócrates (lamento, mas não posso colocar a analogia que tenho em mente, pois este artigo poderá ser lido por pessoas mais susceptíveis a um determinado tipo de linguagem....), aceitam com um sorriso no rosto e o "rabinho" a abanar, dizendo: "Venham...é tudo vosso"!!! Ora no meio deste "regabofe" político, encontra-se o Zé Povinho, sem opinião e direito de DECISÃO, levando com tudo nas "trombas", com as desculpas já conhecidas, a culpa é dos outros, aqueles que aqui estiveram antes de nós, ou então, a já estigmatizada "crise".
Apelam aos nossos corações mensagens de todos os lados ( da esquerda, da direita e até do centro) mensagens de "patriotismo", pedindo-nos esforços e sacrifícios, instigando ao nosso sentimento nacionalista! Estranho o último senhor que apelou a esses ideais foi.... aquele do "Tudo Pela Nação! Nada Contra a Nação", o que apregoava a célebre Trilogia, "Deus, Pátria e Família", esse que no fim caiu duma cadeira (bendita cadeira) e o seu seguidor (Um tipo que gostava muito da Primavera) acabou cercado num quartel lá para os lados da capital ( peço desculpa, Capital).
Será que apenas este mísero "Corvidae" acha estranho que até a suposta esquerda, esteja a apoiar medidas políticas e económicas de cariz estritamente colonialista e de tal forma estranguladoras que nos arriscamos a que num futuro próximo, não saibamos sequer o significado da palavra PORTUGUÊS? Será? A esta questão apenas "suas Senhorias" têm o dom de conseguir responder!
Contudo deixo-vos com uma fotografia captada por mim numa rua da cidade de Braga, que julgo corresponder ao sentimento de muitos PORTUGUESES.




PS: Este texto foi escrito ao som da música "Money" dos Pink Floyd (coincidência ou não, julgo que não merecem de forma alguma ser misturados com as personalidades/corja acima referidas).
Tenho dito... e acho que é desta que entro oficialmente para a lista das espécies em vias de extinção!



A Primeira

| segunda-feira, 23 de maio de 2011

Dizem os filósofos que a crítica é a mãe de todo o conhecimento, defendendo que através da mesma se procura atingir a perfeição. Como não acredito no perfeccionismo, muito menos nos seus defensores, continuo de "penas em riste", DESCONFIANDO daqueles que a vendem e apregoam.
Mandem os "tiros" que quiserem, pois este CORVO continua firme e convicto dos seus fundamentos e convicções.
Já o disse e volto a afirmar sem vergonha alguma, desconfio de todos os políticos, sejam eles pequenos ou grandes, no fundo são todos iguais a si mesmos, mentirosos, falsos, hipócritas e senhores do seu próprio umbigo!
Admito contudo, um certo nível de inteligência dos mesmos, pois é conveniente e pertinente dar-lhes a mão à palmatória, uma vez que enganar o "Zé Povinho" todos os anos com a mesma lengalenga... não deve ser tarefa fácil de concretizar!

A conclusão a que este mero "voador" chega é a seguinte: OU GOSTAMOS DE SER ENGANADOS OU ENTÃO ANDAMOS TODOS A DORMIR!!!!

Flutuando

| segunda-feira, 9 de maio de 2011


Flutuam pensamentos,
férteis como a terra.

Flutuam sonhos,
puros como a água,
de onde tudo tem mais Sabor.




Fotografia: Barco na Foz do Sabor

A Queda

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Vejam,

que ele cai desamparado,

batendo no solo com um som seco.

Seco e esquecido,

tal e qual a sua existência,

triste, roto e maltratado.

Ecoam gritos de admiração,

de desespero e total incapacidade,

olhando a inevitável catástrofe que daí advém.

Olhos aflitos de lágrimas vacilam,

entre o olhar e o desviar,

que no entanto choram.

Choram porque sentem,

talvez de pena, ou então de raiva,

quem sabe de revolta.

Das escoantes lágrimas,

pode-se ler a vontade de ajudar,

contudo ele vai caindo.

Cai que cai,

sozinho e triste na certeira queda,

o amanhã cessa.

Os projectos futuros,

aqueles que antes tinha imaginado,

vão desvanecendo numa névoa profunda.

Ele cai,

e nós em terra firme vamos olhando,

sem nada fazer.

Atitude doentia,

inerte de movimentos e pensamentos,

confortáveis no nosso olhar distante.

Assim o vemos,

em queda contínua e incerta,

preocupados com os danos futuros.

Assim ele cai,

não uma provável figura humana,

mas a terra que amo.

Essa que vai caindo,

às mãos daqueles que a empurraram,

esses que não a amam.

Que a trucidam,

num frenesim selvagem,

na busca incessante da fortuna fácil.

E nós,

bem nós,

vamos assistindo à queda…inertes…atados.


" A Queda"

Marco Deus