A data, essa deve ser referida, 29 de Abril de 2009, nascia nesse dia um projecto, que de humildemente nascia.
Inspirado por projectos enormes ( que igualmente acabaram por perecer), desenvolvidos pelo caríssimo colega Aníbal Gonçalves, entre outros autores. Ao longo do tempo, o Corvo seguiu a sua linha e objectivos, divulgando a terra, as suas gentes, costumes e actividades, sempre em prol de Torre de Moncorvo.
Contudo, nesta data não podia deixar de parte os seus conselhos e opiniões, daí nasceu o Corvo que suas senhorias conhecem, dele nasceram inúmeros projectos semelhantes, ele é sem dúvida o "Pai" da actividade Bloguista no que diz respeito à divulgação da nossa maravilhosa Vila...Torre de Moncorvo.
Este era mais um projecto, que tinha as melhores pretensões e objectivos mais que altruístas acima de ideais políticos ou projecções pessoais.... a ideia era esta: A UNIDADE entre transmontanos, o orgulho da terra, a vontade de ficar, o orgulho de ser TRANSMONTANO.
Valeu a ideia, morreram os conceitos dizem vocês.... ENGANAM-SE!!!
Ao longo destes três anos recebi imensas críticas, umas positivas e muitas negativas, talvez devido ao pecado de amar a minha terra, talvez pelo facto de estar longe...talvez....
Não interessa, durante três anos, mantive a minha convicção, continuei forte e resistente, olhando para as mensagens de apoio, de pessoas que se sentiam perto da terra ao olhar o blogue, estivessem elas em Portugal ou noutros Países e Continentes, o sentimento era o mesmo, o da PARTILHA e do AMOR.
Amor esse que não termina, nunca....
Tem sim a sua pausa este blogue.
Um interregno, por quanto tempo? Não sei....
Mas uma coisa é certa, o AMOR a MONCORVO esse não termina, jamais...
Um abraço e obrigado e todos aqueles que participaram neste Blogue.
Do Sabor ao Reboredo....
O Fim
A Divisão dos Sentidos
Acordo,
longe de tudo,
longe de ti...
Logo o meu ser explode,
a ausência do teu cheiro,
a falta da tua presença.
Logo,
tudo em mim desaparece,
perde-se a inocência,
evapora-se a virgindade.
Sinto-me traído,
sinto-me menosprezado,
sinto-me...reles.
Que do que sou,
e daquilo que dei...
sou...nada.
Limito-me aos pareceres,
um alcoólico da vida,
agarrado a algo que me transforme.
Esperanças vagas,
confusas...tal e qual este poema...
fúteis projectos...
Sonhei viver num mundo justo,
onde me tornava homem,
e cumpria o meu sonho.
Vejo-me antes aqui,
convosco,
perdidos nesta selva.
Se é suposto amar o mundo,
respeitar as pessoas...
porque será que as "outras pessoas" não o fazem?
Sou o que sou,
um triste desterrado,
que chora a sua terra.
Imaginando-a lá ao longe,
esperando que ela ao invés dos outros...
...ainda me ame.
Marco Deus
"Desabafos Inúteis"