O Fim

| segunda-feira, 25 de julho de 2011

A data, essa deve ser referida, 29 de Abril de 2009, nascia nesse dia um projecto, que de humildemente nascia.
Inspirado por projectos enormes ( que igualmente acabaram por perecer), desenvolvidos pelo caríssimo colega Aníbal Gonçalves, entre outros autores. Ao longo do tempo, o Corvo seguiu a sua linha e objectivos, divulgando a terra, as suas gentes, costumes e actividades, sempre em prol de Torre de Moncorvo.
Contudo, nesta data não podia deixar de parte os seus conselhos e opiniões, daí nasceu o Corvo que suas senhorias conhecem, dele nasceram inúmeros projectos semelhantes, ele é sem dúvida o "Pai" da actividade Bloguista no que diz respeito à divulgação da nossa maravilhosa Vila...Torre de Moncorvo.

Este era mais um projecto, que tinha as melhores pretensões e objectivos mais que altruístas acima de ideais políticos ou projecções pessoais.... a ideia era esta: A UNIDADE entre transmontanos, o orgulho da terra, a vontade de ficar, o orgulho de ser TRANSMONTANO.
Valeu a ideia, morreram os conceitos dizem vocês.... ENGANAM-SE!!!

Ao longo destes três anos recebi imensas críticas, umas positivas e muitas negativas, talvez devido ao pecado de amar a minha terra, talvez pelo facto de estar longe...talvez....

Não interessa, durante três anos, mantive a minha convicção, continuei forte e resistente, olhando para as mensagens de apoio, de pessoas que se sentiam perto da terra ao olhar o blogue, estivessem elas em Portugal ou noutros Países e Continentes, o sentimento era o mesmo, o da PARTILHA e do AMOR.

Amor esse que não termina, nunca....

Tem sim a sua pausa este blogue.
Um interregno, por quanto tempo? Não sei....

Mas uma coisa é certa, o AMOR a MONCORVO esse não termina, jamais...

Um abraço e obrigado e todos aqueles que participaram neste Blogue.

Do Sabor ao Reboredo....

A Divisão dos Sentidos

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Acordo,
longe de tudo,
longe de ti...

Logo o meu ser explode,
a ausência do teu cheiro,
a falta da tua presença.

Logo,
tudo em mim desaparece,
perde-se a inocência,
evapora-se a virgindade.

Sinto-me traído,
sinto-me menosprezado,
sinto-me...reles.

Que do que sou,
e daquilo que dei...
sou...nada.

Limito-me aos pareceres,
um alcoólico da vida,
agarrado a algo que me transforme.

Esperanças vagas,
confusas...tal e qual este poema...
fúteis projectos...

Sonhei viver num mundo justo,
onde me tornava homem,
e cumpria o meu sonho.

Vejo-me antes aqui,
convosco,
perdidos nesta selva.

Se é suposto amar o mundo,
respeitar as pessoas...
porque será que as "outras pessoas" não o fazem?

Sou o que sou,
um triste desterrado,
que chora a sua terra.

Imaginando-a lá ao longe,
esperando que ela ao invés dos outros...
...ainda me ame.


Marco Deus
"Desabafos Inúteis"

O Corvo Político

| terça-feira, 31 de maio de 2011



Olá a todos, como prova de que até o Corvo pode ter a sua veia de comédia, este decidiu abordar o tema que mais faz rir o País neste momento, a Política! Nomeadamente as eleições legislativas! ( que segundo o dicionário da ainda Língua Portuguesa, brevemente "Brasileira", significa: 1. Que legisla. 2. Relativo a legislação. = legislatório 3. Que tem força de lei. = legislatório).
Ora antes que este pobre espécime, ave pertencente da família "Corvidae", digníssimos representantes de maiores dimensões da Ordem "Passeriformes" e sobretudo da grandiosa comunidade "Transmontaniae" (sim inventei a palavra, mas significará o mesmo que "Transmontano", aquele que é natural de Trás-os-Montes), seja "enjaulado" e acusado de abusar do DIREITO DE EXPRESSÃO ( sinceramente e agora a sério: quem inventou isso??), irá proferir o seu crítico grasnar (pois, pena é que poucos o oiçam ou lhe prestem a devida atenção) acerca da política nacional.
E começa esta ave de espírito aguçado por lhes transmitir a sua mais recente descoberta! O verdadeiro significado da sigla FMI! Ora após consultar as mais ancestrais enciclopédias, os mais fidedignos pergaminhos políticos, bem como uma jornalista da TVI (não, não se trata dessa que o nosso Primeiro tratou de "calar"...ups o que fui eu agora imbecilmente grasnar!), o Corvo chegou à conclusão que as mesmas significam nada mais, nada menos que: FOME E MISÉRIA INTERNACIONAL/INTERMINÁVEL.
E o mais engraçado é que toda a nossa classe política, directa ou indirectamente, aplaude e convive perfeitamente com essa realidade, da esquerda à direita, todos se submetem aos desígnios e imposições dos grandes senhores da Europa (sim, eu incluo esse ser denominado de Angela Merkel, no lote dos homens, uma vez que tem mais tom... bem...digamos que, "pelos na venta" que muitos senhores que por ai andam), eles decidem e os nossos, Coelhos(ah que pena a época de caça ter terminado!), Portas, Louçãs ( e não me refiro àquela da Vista Alegre), Jerónimos (muito menos me refiro ao monumento) e os nosso Sócrates (lamento, mas não posso colocar a analogia que tenho em mente, pois este artigo poderá ser lido por pessoas mais susceptíveis a um determinado tipo de linguagem....), aceitam com um sorriso no rosto e o "rabinho" a abanar, dizendo: "Venham...é tudo vosso"!!! Ora no meio deste "regabofe" político, encontra-se o Zé Povinho, sem opinião e direito de DECISÃO, levando com tudo nas "trombas", com as desculpas já conhecidas, a culpa é dos outros, aqueles que aqui estiveram antes de nós, ou então, a já estigmatizada "crise".
Apelam aos nossos corações mensagens de todos os lados ( da esquerda, da direita e até do centro) mensagens de "patriotismo", pedindo-nos esforços e sacrifícios, instigando ao nosso sentimento nacionalista! Estranho o último senhor que apelou a esses ideais foi.... aquele do "Tudo Pela Nação! Nada Contra a Nação", o que apregoava a célebre Trilogia, "Deus, Pátria e Família", esse que no fim caiu duma cadeira (bendita cadeira) e o seu seguidor (Um tipo que gostava muito da Primavera) acabou cercado num quartel lá para os lados da capital ( peço desculpa, Capital).
Será que apenas este mísero "Corvidae" acha estranho que até a suposta esquerda, esteja a apoiar medidas políticas e económicas de cariz estritamente colonialista e de tal forma estranguladoras que nos arriscamos a que num futuro próximo, não saibamos sequer o significado da palavra PORTUGUÊS? Será? A esta questão apenas "suas Senhorias" têm o dom de conseguir responder!
Contudo deixo-vos com uma fotografia captada por mim numa rua da cidade de Braga, que julgo corresponder ao sentimento de muitos PORTUGUESES.




PS: Este texto foi escrito ao som da música "Money" dos Pink Floyd (coincidência ou não, julgo que não merecem de forma alguma ser misturados com as personalidades/corja acima referidas).
Tenho dito... e acho que é desta que entro oficialmente para a lista das espécies em vias de extinção!



A Primeira

| segunda-feira, 23 de maio de 2011

Dizem os filósofos que a crítica é a mãe de todo o conhecimento, defendendo que através da mesma se procura atingir a perfeição. Como não acredito no perfeccionismo, muito menos nos seus defensores, continuo de "penas em riste", DESCONFIANDO daqueles que a vendem e apregoam.
Mandem os "tiros" que quiserem, pois este CORVO continua firme e convicto dos seus fundamentos e convicções.
Já o disse e volto a afirmar sem vergonha alguma, desconfio de todos os políticos, sejam eles pequenos ou grandes, no fundo são todos iguais a si mesmos, mentirosos, falsos, hipócritas e senhores do seu próprio umbigo!
Admito contudo, um certo nível de inteligência dos mesmos, pois é conveniente e pertinente dar-lhes a mão à palmatória, uma vez que enganar o "Zé Povinho" todos os anos com a mesma lengalenga... não deve ser tarefa fácil de concretizar!

A conclusão a que este mero "voador" chega é a seguinte: OU GOSTAMOS DE SER ENGANADOS OU ENTÃO ANDAMOS TODOS A DORMIR!!!!

Flutuando

| segunda-feira, 9 de maio de 2011


Flutuam pensamentos,
férteis como a terra.

Flutuam sonhos,
puros como a água,
de onde tudo tem mais Sabor.




Fotografia: Barco na Foz do Sabor

A Queda

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Vejam,

que ele cai desamparado,

batendo no solo com um som seco.

Seco e esquecido,

tal e qual a sua existência,

triste, roto e maltratado.

Ecoam gritos de admiração,

de desespero e total incapacidade,

olhando a inevitável catástrofe que daí advém.

Olhos aflitos de lágrimas vacilam,

entre o olhar e o desviar,

que no entanto choram.

Choram porque sentem,

talvez de pena, ou então de raiva,

quem sabe de revolta.

Das escoantes lágrimas,

pode-se ler a vontade de ajudar,

contudo ele vai caindo.

Cai que cai,

sozinho e triste na certeira queda,

o amanhã cessa.

Os projectos futuros,

aqueles que antes tinha imaginado,

vão desvanecendo numa névoa profunda.

Ele cai,

e nós em terra firme vamos olhando,

sem nada fazer.

Atitude doentia,

inerte de movimentos e pensamentos,

confortáveis no nosso olhar distante.

Assim o vemos,

em queda contínua e incerta,

preocupados com os danos futuros.

Assim ele cai,

não uma provável figura humana,

mas a terra que amo.

Essa que vai caindo,

às mãos daqueles que a empurraram,

esses que não a amam.

Que a trucidam,

num frenesim selvagem,

na busca incessante da fortuna fácil.

E nós,

bem nós,

vamos assistindo à queda…inertes…atados.


" A Queda"

Marco Deus

O Corvo está de Tanga!!!

| quinta-feira, 24 de março de 2011

Está visto, o Corvo perde pouco a pouco as suas penas. Depenadas por um governo "sombra", vindo do ridículo, governando sobre o ridículo, morrendo no fim sobre o afrontamento ridículo. Pois é minha gente, estes "brandos costumes" começam a cheirar mal! Está na hora de vestir novamente o "casaco" da revolução, antes que estes senhores nos tirem literalmente a pouca "pelugem" que ainda possuímos!

É que o mesmo o imortal Corvo, não é imune a sintomas gripais originários de Belém!!


P.S. Perdoem a falta de originalidade do título, mas foi o que me pareceu mais adequado... E sinceramente, um Corvo de tanga...ora ai está algo que não se vê todos os dias.... :)

O Dia

| sábado, 5 de fevereiro de 2011

Hoje morri,

de espírito e de corpo.


Hoje junto-me aos miseráveis,

aos trastes da sociedade,

morre-me a vontade de viver.


Surgem-me vontades,

de desaparecer...desvanecer.


Provocador da mágoa alheia,

prevaricador de sentimentos,

ignóbil e despido de razão.


Cumpre-se o primordial objectivo,

o de perecer.


Hoje,

é o dia,

do qual anseio à muito.


Tocarão sonatas,

dirão frases feitas,

honrarão textos em meu nome.


Tão falsos quanto eu,

que desaparecem como o meu sopro.


Das lágrimas desesperantes

cai em mim o peso do passado,

Cai hoje, mas só hoje.


Serei eu matéria,

que num acto sublime desvanece,

memórias destruídas...corrompidas.


Nunca zangado,

sem mágoas ou ódios.


Despido de arrependimentos,

hoje morri para mim.

Bem vindo Amigo!

| terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

http://corvointruso.blogspot.com/2011/01/ponte-da-portela.html

Seja muito bem vindo Sr. Arqueólogo ( Portuense de gema, mas Transmontano de Costela)! O Corvo de bico em riste já esperava um tópico seu! Das penas negras e da pele áspera (causada pelo frio Bracarense!), o humilde Corvo agradece a sua participação! Da simplicidade nascem grandes feitos, tal como a tua foto, por muito simples que pareça, aos olhares mais atentos transforma-se numa futura raridade.
A "nossa" Ponte do Sabor, que dentro de pouco tempo ficará submersa, causa directa do "progresso" humano ( ou das economias globais).
Não deveria ser a minha função lembrar ou relembrar a importância deste "ponto de acesso" ( nominativo tão diminutivo), ou para os mais férteis de neurónios, deste monumento de importância vital ao desenvolvimento de toda a região.
Contudo vamos fingir que se trata de um mero "obstáculo" ao progresso, vamos tentar acreditar que as centenas de metros que vão barrar a massa de água do orgulhoso Sabor, são de maior importância, que o lucro fácil de uma pequena parte da população é vital à economia e por fim, finjam as almas mais incrédulas que esta mesma massa de cimento nos irá colocar no mapa do País. Vamos fingir, pretendam acreditar....
Quando na realidade apenas estamos a contribuir para a destruição impune do nosso Património, da nossa História, pior ainda, do nosso Orgulho. Apenas pensem no que os nossos antepassados, aqueles que calcaram com os pés descalços as pedras dessa mesma ponte, podem pensar de nós, pseudo-desenvolvidos.
Quando abdicamos da nossa História, do "NOSSO" património natural, quando relegamos os nossos ancestrais para segundo plano, somos um reflexo de matéria, que surge e logo desaparece.
O que vamos dizer aos nossos filhos e netos? Que trocamos esses mesmos valores por meros indicadores de energia (dinheiro). Somos o que somos, desprezível ser que busca o lucro a todo o custo, em troca de tudo. Somos o que somos, animais no incessante acto de "encher o estômago", somos o que somos....
Mas esperem, este não sou EU, esta não é a essência Transmontana! O que se passou? Estaremos nós domados ao poder central, será que nos rendemos ao Capitalismo?

Porra será que deixamos de ser Irredutíveis Transmontanos? Será?

Resta-me mencionar o excelente sitio do André:
http://www.aquijazo.blogspot.com/
Bem vindo caro amigo!

Ponte da Portela

| sábado, 29 de janeiro de 2011

Ponte da Portela, sobre o Rio Sabor, vista desde montante da mesma.

Mós - Vila Antiga Medieval - Montaria 13/02/2011

| terça-feira, 25 de janeiro de 2011