A Divisão dos Sentidos

| segunda-feira, 25 de julho de 2011

Acordo,
longe de tudo,
longe de ti...

Logo o meu ser explode,
a ausência do teu cheiro,
a falta da tua presença.

Logo,
tudo em mim desaparece,
perde-se a inocência,
evapora-se a virgindade.

Sinto-me traído,
sinto-me menosprezado,
sinto-me...reles.

Que do que sou,
e daquilo que dei...
sou...nada.

Limito-me aos pareceres,
um alcoólico da vida,
agarrado a algo que me transforme.

Esperanças vagas,
confusas...tal e qual este poema...
fúteis projectos...

Sonhei viver num mundo justo,
onde me tornava homem,
e cumpria o meu sonho.

Vejo-me antes aqui,
convosco,
perdidos nesta selva.

Se é suposto amar o mundo,
respeitar as pessoas...
porque será que as "outras pessoas" não o fazem?

Sou o que sou,
um triste desterrado,
que chora a sua terra.

Imaginando-a lá ao longe,
esperando que ela ao invés dos outros...
...ainda me ame.


Marco Deus
"Desabafos Inúteis"

0 comentários:

Enviar um comentário