Acordo,
longe de tudo,
longe de ti...
Logo o meu ser explode,
a ausência do teu cheiro,
a falta da tua presença.
Logo,
tudo em mim desaparece,
perde-se a inocência,
evapora-se a virgindade.
Sinto-me traído,
sinto-me menosprezado,
sinto-me...reles.
Que do que sou,
e daquilo que dei...
sou...nada.
Limito-me aos pareceres,
um alcoólico da vida,
agarrado a algo que me transforme.
Esperanças vagas,
confusas...tal e qual este poema...
fúteis projectos...
Sonhei viver num mundo justo,
onde me tornava homem,
e cumpria o meu sonho.
Vejo-me antes aqui,
convosco,
perdidos nesta selva.
Se é suposto amar o mundo,
respeitar as pessoas...
porque será que as "outras pessoas" não o fazem?
Sou o que sou,
um triste desterrado,
que chora a sua terra.
Imaginando-a lá ao longe,
esperando que ela ao invés dos outros...
...ainda me ame.
Marco Deus
"Desabafos Inúteis"
A Divisão dos Sentidos
Publicada por
Marco Deus
|
segunda-feira, 25 de julho de 2011
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